Uma marca permanente do fim do período monárquico

Um grupo de militares insurgentes proclamou a república no Brasil em 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro (RJ), pondo fim ao período monárquico – iniciado em 1822 com dom Pedro I e, a partir de 1840, liderado por dom Pedro II. Naquele mesmo dia, um militar invadiu o gabinete do ministério da Guerra e talhou um retrato do monarca do Segundo Reinado, realizado em 1858.

Deposto da função de chefe de Estado, e sob pressão, dom Pedro II é intimado, no dia 16, a partir em exílio para a Europa com sua família, “cedendo ao império das circunstâncias”, como escreveu em um bilhete. Após quase meio século de governo, disse na mensagem que guardaria do Brasil “a mais frondosa lembrança”, fazendo ainda “ardentes votos por sua grandeza e prosperidade”. Dom Pedro II morreria, em Paris, dois anos depois.

A euforia e especulação de diversas ordens que se abateram sobre o país, além do rearranjo das forças políticas e militares, contribuíram para a instabilidade na transição da monarquia para a república. Após a sublevação militar de 15 de novembro, o marechal Deodoro da Fonseca assumiu o governo provisório. Deodoro, primeiro presidente do Brasil, ficou apenas dois anos no poder: Floriano Peixoto, vice-presidente, acaba assumindo o posto no final de 1891.

Saiba mais no texto “Retrato rasgado de Pedro II”, de Gabriela da Fonseca, no livro “Histórias do Brasil: 100 objetos”, disponível em pdf para download gratuito.